Como se preparar para o estudo de forma a estudar menos e ter melhor compreensão, Parte 2.
Obs.: se ainda não leu, leia o 1º texto da série aqui, ou o 2º aqui.
Uma coisa que me chama atenção quando começo a fazer academia é o fato do orientador que está ali sempre dizer que se deve começar devagar. Sei que nós, seres humanos, queremos as coisas pra agora, mas não é assim que funciona. O interessante é quando comecei a levar isso pro campo dos estudos.
Eu notei que, todas as vezes que começava a estudar simplesmente por começar econtinuava nunca foi muito da primeira vez. De vez em quando nem era com o estudo propriamente dito, mas olhando notícias sobre o tema ou discutindo isso com os amigos. Talvez você já tenha passado por essa situação: tinha que fazer uma peça, um despacho ou uma prova na faculdade por exemplo e começou a conversar sobre isso com alguém. Logo surgiu algo que ou você ou a outra pessoa teve que procurar num livro ou noutro material e então vocês dois estavam lendo sobre o assunto… ou seja, estudando!
Pode ter sido na mesma hora, pode ter sido alguns dias depois, mas o fato é que isso acontece. Existem mecanismos que nos levam naturalmente a estudar. Quer seja uma dúvida, uma curiosidade ou uma necessidade, o importante é estarmos atentos a o que nos faz estudar de forma natural, sem esforço. Digo sem esforço por que na maioria das vezes a conversa foi legal, fluía, e quem sabe até tinha humor.
Quer dizer então que sempre que queremos estudar devemos conversar sobre isso? De certa forma, sim! Se esta é a sua estratégia para se estimular, e a maioria das pessoas se interessa mais pelo que pode conversar com as pessoas, então a use. Mas mais do que isso, se envolva com o assunto. Procure o que você considera certo ou errado, ou interessante, ou que gere dúvida ou polêmica. Imagine como as pessoas podem usar o que você está lendo.
Alguns assuntos são menos propensos a conversas, claro, mas mesmo assim ainda se pode conversar. Lembro que após minha primeira faculdade fiquei muitos anos sem ver nada de matemática e então resolvi fazer outro vestibular. No primeiro dia desci à sala de estudos do cursinho e tentei resolver um problema simples, mas havia esquecido como fazer um mínimo múltiplo comum. Perguntei pra um estudante como se fazia aquilo e ele me olhou como se eu fosse um E.T. Preciso dizer que (re)aprendi rapidinho?
Da mesma maneira querer ficar por horas estudando quando já fazem meses ou anos que não estuda não funciona. Comece devagar, apenas 15 minutos. Sei que, na academia, posso levantar muito mais peso que o instrutor me passa, mas se tentar fazer 3 séries de 10 repetições com o peso máximo que consigo meus braços vão ficar doloridos por alguns dias. E se continuar indo apenas pro máximo uma hora vou desistir disso, afinal quem gosta de ficar com dor o tempo inteiro? Então se trate bem, comece uns dias antes só pra “aquecimento”. Pra se acostumar com outro ritmo que é o de estudos.
Ex. 2.
Pense em alguma parte do que você quer estudar que pode gerar uma conversa interessante ou que você tenha dúvida e converse sobre isso por pelo menos 10 minutos, seja com 1 pessoa ou divido entre várias.
Ex. 3.
Se ainda não começou, separe 15 minutos todos os dias por 1 semana para estudar. Não se preocupe em realmente aprender nada durante esse tempo, use apenas pra se acostumar ao ritmo.
Se já começou (parabéns!) veja se pode aumentar o tempo de estudo em pelo menos alguns minutos. Pode, inclusive, ser com pesquisa na internet – após o estudo normal!
Ex. 4.
Se envolva! Use a imaginação, pense em como se pode usar isso na vida real, se alguma pessoa que você admira usa isso ou como você mesmo poderia usar em alguma situação. Tente se imaginar achando o assunto que está estudando a coisa mais interessante do mundo. Finja que é um ator ou atriz e seu personagem ama isso.
Fazendo esses exercícios você poderá notar que ficou mais fácil estudar e sua capacidade de reter o que estudou já aumentou. E mesmo as pessoas que têm um bom começo muitas vezes acabam dedicando seu tempo em leituras que não ajudam muito. São vários livros e fontes diferentes, de autores diferentes. Confira no próximo blog como ter certeza que o que você está estudando é o melhor e vai trazer mais resultados.
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