quarta-feira, 30 de junho de 2010

Como Passar, Dicas: Organizando o Tempo

Já passou pela experiência de estudar por horas e horas e parecia que, embora no começo estivesse entendendo o que estava ali, depois de um tempo tinha que ficar relendo o mesmo parágrafo por 3, 4 ou mais vezes até entender? Ou então se forçou tanto a estudar que depois não conseguia fazer mais nada de tão cansado mentalmente?

Não faz muito tempo que estava ouvindo um expert em treinar atletas falando sobre um dos maiores jogadores de tênis da época, 3º lugar no ranking mundial, que não conseguia de jeito nenhum alcançar o 2º lugar, muito menos o primeiro. Viram e reviram os jogos dele e dos dois à frente dele várias e várias vezes e, a princípio, tinham a mesma capacidade técnica e física. Até que acharam uma diferença.

A primeira diferença que descobriram era que, no final do jogo, os dois primeiros estavam mais dispostos, com um pouquinho a mais de energia que o terceiro, e por isso fechavam o jogo a favor deles. Quando se vê isso a resposta óbvia seria mais treino físico, correto? Errado. Eles continuaram a estudar os vídeos, já que os treinos tinham duração e intensidade similares.

Perceberam então uma outra diferença: toda vez que havia alguns segundos de descanso o 3º lugar mantinha-se ‘pronto’ para qualquer coisa, enquanto os outros dois relaxavam completamente, inclusive trocando a raquete de mão para descansar a mão de jogo. Esses curtos momentos de descanso, ao longo da partida, faziam uma diferença no final, a diferença entre o melhor e os outros.

E por que estou colocando isso pra você? Por que fiz uma relação com os estudos. Pensando nesses momentos de descanso me veio à cabeça que, na faculdade, escola ou cursinhos, a estrutura de 1 hora é 50 minutos de aula e 10 de intervalo. No Japão os trabalhadores geralmente têm uma parada de 5 min. entre o começo da jornada e a refeição, e outra entre a refeição e a hora de ir embora. Coincidência?

Pesquisando um pouco mais a fundo descobri que o corpo (e mente) humano tem vários ciclos. Dormir e estar acordado, se alimentar, períodos do dia em que nos sentimos melhor, as mulheres têm o ciclo menstrual, também em estações diferentes naturalmente nos comportamos diferentemente, entre muitos outros. Mas não é só isso, os horários de aula também são baseados em pesquisa científica sobre a nossa capacidade intelectual.

Quem estuda Administração voltada a pessoas deve estar familiarizado com a pesquisa de Hawthorne e o aumento de produtividade constatado. Então essa é a minha dica: experimente honrar o ciclo natural do seu cérebro de prestar atenção e se recuperar. Comece com a tradicional hora-aula, a cada 60 minutos 50 de foco sem interrupções e 10 de descanso, que pode ser tirar uma soneca, ou fazer um lanche, ou alguns exercícios, conversar com alguém, etc. Evite continuar forçando seus olhos ou continuar na mesma posição.

Depois de algumas semanas observando os resultados, se notar que seu ciclo pessoal é um pouco diferente ou que sua capacidade aumentou, experimente com pequenas mudanças. Mas ainda assim sempre mantenha pelo menos 1 intervalo a cada 2 horas, para manter sua capacidade no ápice.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Como Passar, Dicas: Melhorando a Capacidade do Cérebro e mais.

Sempre parece que quem se dedica aos estudos para passar em concurso sofre com um desses 3 pilares da nossa vida. Ou não temos tempo, ou não nos sentimos bem como poderíamos estar ou acabamos por nos isolar para concentrar a atenção no concurso.

O que muita gente não sabe é que existem 3 outros pilares essenciais, e que se relacionam com praticamente tudo o que fazemos, seja um bom trabalho, se relacionar bem com os outros ou estudar. Na verdade são três formas de energia que se relacionam com a sua mente, com as suas emoções e com o seu corpo, e saber como melhorar em qualquer um deles pode melhorar seu desempenho em todas as áreas da vida.

Você já pode ter notado isso antes, de vez em quando estamos tão cansados que só conseguimos deitar e dormir, outras vezes queremos algo mas simplesmente não fazemos ou então fazemos de forma desordenada que não trazem, nem de perto, os resultados que gostaríamos de ter. Estava faltando uma dessas energias. São elas: energia física, força de vontade e intenção. E por intenção quero dizer a atividade consciente, dirigida intencionalmente.

Depois de muitos estudos e experimentos descobri que, na média, o ponto em que temos maior força de vontade é logo depois de acordarmos. Não tivemos que lidar com problemas, pessoas ou situações difíceis, estamos descansados e ‘prontos’. Essa, então, é a melhor hora para se pra começar algo importante e/ou difícil. E nada melhor do que começar exatamente aumentando a capacidade nessas 3 áreas.

Quando fui fazer um concurso que exigia teste de capacidade física logo imaginei que os estudos ficariam prejudicados. Tinha que treinar e separei um tempo pra isso todos os dias, na maior parte de manhã mas muitas vezes também à noite. Pra minha grande surpresa minha compreensão aumentou em muito. Só tempos depois é que me dei conta do porquê. Estava oxigenando melhor o sangue (e assim melhorando o funcionamento do cérebro), estimulando a produção de endorfinas (hormônios que nos fazem sentir bem), e melhorando meu sistema imunológico. Tudo ao mesmo tempo. Não é à toa que alguns experts afirmam que, se tivessem que escolher uma única coisa para equilíbrio emocional a longo prazo, essa coisa é aumentar o batimento cardíaco.

Não estou falando de ficar com a língua arrastando no chão, mas sim aumentar a freqüência cardíaca. Acredito que das 5 zonas de treino as melhores são as duas primeiras (1- saúde do coração, 2- queima de gordura). Confira >>neste site<< como fazer os cálculos e quais são as zonas de treino. Se você está totalmente sedentário, experimente começar o dia com uma longa caminhada, pelo menos 30 minutos, por duas semanas, e depois aumentando a intensidade ou indo pra academia.

E, falando em exercícios, não posso deixar de mencionar que se hidratar bem é essencial. Principalmente pela manhã, pois acabamos de passar por várias horas sem beber nada. Outra coisa é, depois de se exercitar, ter uma boa alimentação.

O corpo precisa dos nutrientes para se recuperar e construir um corpo melhor. Prefira consumir os alimentos mais próximos do seu estado natural e ficar longe dos processados já que assim cada grama de comida tem uma maior variedade de vitaminas e sais minerais, além de uma maior quantidade. Frutas são excelentes, nozes, leite e saladas também.

Vou frisar isso: procure fazer dos exercícios a primeira coisa do dia. Temos maior força de vontade, trazemos todos os benefícios do exercício para o dia inteiro e, com isso, temos mais disposição e facilidade em lidar com o dia-a-dia.

Tenha um ótimo dia!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Como Passar: Indo Além

Obs.: Se você ainda não leu, leia o primeiro artigo desta série aqui.
    “João se inscreveu em um concurso público e ficou preocupado com, se passar, quando que o chamariam.” Parece familiar? Já ficou preocupado em estar com uma boa colocação para ter a chance de ser chamado, só para depois se perguntar quando isso ocorreria? Isso é o que iremos tratar hoje, deixando essas preocupações para trás e conquistando nossos sonhos.
    Passar em um concurso é uma experiência excepcional, principalmente se é para um lugar que realmente queremos estar. Temos vontade de celebrar como se celebra um gol da Seleção Brasileira. Mas ir além e realmente conquistar uma colocação invejável, isso foi um dos presentes que ganhei ao aprender com o Juiz que comentei no último blog. (“Como Passar, Dicas: Vencendo o Desânimo”)
    Ele gostava de conversar sobre a área de direito e muitas vezes conversamos sobre isso. De vez em quando, claro, desviávamos da área de especialização dele e, qual minha surpresa, um dia depois de falarmos sobre algo que ele sabia a resposta mas não explicar, ele apareceu na minha mesa com uma matéria impressa explicando o assunto. Atitude excelente a dele. E depois disso comecei a perceber que, todo dia, ele procurava notícias e novidades sobre a área que atuava.
    E não era só isso, muitas vezes também dava aulas de direito, na sala de audiências, para seus oficiais de gabinete e para quem mais quisesse. O que mais me surpreendeu foi uma vez que vi uma sentença dele com quase 200 páginas. Era um livro! Perguntei pra ele por que fez uma sentença tão longa e ele me respondeu que o que a parte perdedora tinha pedido era correto, mas cometeram muitos erros de forma que ele não poderia dar ganho de causa a ela. Tinha então escrito tudo aquilo que para ficasse claro, para quem quer que a leia, quais eram os erros e como se fazia do jeito certo. Não foi dito, mas claro que uma sentença assim ajuda, e muito, quem tem o direito em causas similares. Naquela hora eu sabia que ele estava do lado que era justo, sem esquecer as leis.
    E por que contei toda essa história? Por que foi depois de observar esse juiz primeiro lugar que comecei a ficar entre os 10 primeiros dos concursos que fiz. Inspirado por aquela sentença me fiz uma das perguntas mais importantes que poderia: o que eu preciso fazer para ser o 1º colocado nesse concurso?
    Era uma pergunta diferente, ousada, e que, de certa forma, dava medo. Lembrei então que tinha visto ele ler um livro de forma extremamente rápida, e sabia qual era a primeira coisa que tinha que fazer, leitura dinâmica. Lembrei também de que ele sempre estava antenado para as notícias e pontos de vista sobre as matérias que precisava, e eu comecei a pesquisar sites e blogs que poderiam me adicionar algo. Passei a conversar mais sobre o assunto e as piadas começaram a surgir espontaneamente. E também a ir atrás de novas informações e jeitos de explicar algo quando notava que surgia qualquer dúvida, mesmo se a dúvida é de outra pessoa.
    É muito mais trabalho? Não, mas também não é pouca coisa. No final notei que tinha aumentado em 50% o tempo dedicado a passar em um concurso, mas não me importava. Só pensava em ver a folha de resultados com o meu nome no topo. Só de pensar nisso já fazia com que me sentisse muito bem. Lutar pelo 1º lugar é diferente, de alguma forma se imaginar lá inspira profundamente. E valeu a pena. No concurso seguinte eu fui 7º, e convocado na primeira chamada pela primeira vez.
    Ousar é preciso.

sábado, 26 de junho de 2010

Como Passar, Dicas: Vencendo o Desânimo


Obs.: Se você ainda não leu, leia o primeiro artigo desta série aqui.
Pra muita gente o primeiro desafio a vencer é o desânimo. Ele assume muitas formas, que vão desde simplesmente estar fazendo outras coisas, passa por não sentir vontade de estudar e até ativamente criticar os estudos de forma negativa. Algumas assumem formas criativas e até motivam a fazer outras coisas que estava protelando. Vamos então explorar um pouco este cenário.
O primeiro ponto a se pensar é se as principais razões para estudar são internas ou externas. Por externas quero dizer por que a esposa ou marido, namorada(o), família ou chefe estão pressionando para isso. Se as razões externas são as únicas, ou muito mais fortes que as internas, não nos sentimos bem em estudar, e isso afeta nossa performance. O melhor aqui é refletirmos sobre as nossas próprias razões para passar no concurso, refletirmos no que acreditamos e no queremos para nós mesmos.
Essa é a grande importância do exercício no. 1. Se rever as suas razões não traz a determinação de fazer, ou pelo menos uma tranqüilidade para estudar, está na hora de refazê-lo. Observe as emoções que cada razão evoca em você. Muitas vezes requer-se um pouco de criatividade, como tratar o concurso presente como se fosse um ‘simulado’ pro concurso que você realmente quer ou apenas uma etapa para chegar aonde você deseja. Pode também ser necessário rever tudo, procurar orientação vocacional ou de outra forma descobrir o que mais lhe atrai. Estar fazendo algo que se ama e se acredita é a recompensa.
Outras vezes sabemos que não está ligado a ser ou não o que queremos, mas nos sentimos desmotivados. Quer seja por acharmos que está demorando muito ou que os que passam são diferentes de nós, ou outra razão, saiba que todos nós passamos por dificuldades. Uma vez ouvi que a razão de termos problemas é por que nascemos, se não tivéssemos nascido não teríamos. Nesse ponto o melhor é levar o exercício 5 um pouco mais além. Ao invés de simplesmente querer saber o que fizeram para passar, procure conhecer essas pessoas como seres humanos e fazer amizade com eles.
Quando fui trabalhar com um Juiz Federal em muitos pontos considerava ele um verdadeiro exemplo, e por meses foi assim. Era um crânio, dedicado, tinha uma esposa absurdamente linda (pense capa de revista), procurava entender os outros e fazer uma diferença – melhorar nossa sociedade. Mas o cotidiano me mostrou que ele também tinha problemas, algumas vezes bem parecidos com os meus.
Por fim deixo uma pergunta para reflexão: daqui a 20 anos, se você olhar pra trás e ver tudo o que fez, o quê você dirá pra si mesmo? Se não está completamente satisfeito o momento para mudar isso é agora.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Como Passar, Dicas: Entendimento e Notas de Rodapé


Obs.: Se você ainda não leu, leia o primeiro artigo desta série aqui.

    Entendimento

Você pode notar que coloquei que “como regra geral se marcar mais da metade então o que não devia ser marcado foi.” Sem dúvida é uma boa regra geral, que deve ser adaptada a cada caso. Apostilas de cursinhos e livros de resumo normalmente são mais densos e podemos eliminar poucas coisas. Já materiais que exploram a fundo um tema podemos eliminar muito mais.
Veja como exemplo 2 livros sobre o mesmo tema: um é um resumo de 120 páginas, outro é praticamente uma bíblia do assunto com quase 1000 páginas. No primeiro marquei entre 50% e 70% do conteúdo, enquanto no segundo de 20% a 30%. O que acontece é que em um caso o equivalente a 70 páginas são necessárias para que se domine aquele assunto, as 50 restantes não apresentam impacto algum, assim como no outro o equivalente a cerca de 250 páginas trazem tudo o que eu preciso saber naquele momento. Os ganhos são óbvios.
Você pode estar se perguntando como é possível cortar 50 páginas de um resumo de 120. A resposta é simples, muito do abordado é tão básico que se infere (se subentende) do resto, ou então não conseguiria esquecer nem que tentasse. No outro caso é diferente. Geralmente livros de 1000 páginas contêm tantos detalhes que a maioria não é necessária. São materiais que apresentam diversos posicionamentos – digamos 3, o pró, o contra e o conciliador – e você precisa saber apenas o mais aceito (que será cobrado na prova), sem contar que exploram cada um sob diversos ângulos e só o que mais favorece a compreensão deve ser marcado. Com isso se reduz em muito o que realmente deve ser estudado.

    Notas de Rodapé

Muitas pessoas ignoram as notas de rodapé. Fui uma delas por muitos e muitos anos até que perdi questões exatamente por isso. Nem todos os materiais incluem essas notas mas se têm, elas podem ser um salva-vidas.
De fato, mesmo agora que tenho o costume de lê-las, na maior parte não adicionam nada. Tenha em mente qual é o seu objetivo: se é passar em um concurso, então as importantes são apenas aquelas que contribuem pra isso. Pra não perder muito tempo, prestar ‘atenção’ apenas na 1ª fase de leitura, o reconhecimento.
Coloquei atenção entre ‘’ justamente por que no reconhecimento não nos preocupamos muito com nada, isso é tarefa pra 3ª fase e não aqui. Então lemos as notas como todo o resto do texto, mas com uma diferença: já na primeira fase marcamos, de forma simples e diferentemente das outras marcações, quais notas leremos na 2ª fase, que é a de entendimento e marcação propriamente dita.
Não subestime a importância delas. Muitas vezes substituí inteiramente a página acima pelo parágrafo da nota por que me ajudava mais a entender o conteúdo. São casos raros mas que facilitam a nossa vida.

Como Passar: Terceiro Passo


Como ler a fim de tirar o máximo de conteúdo.

Obs.: se ainda não leu, leia o 1º texto desta série aqui.
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A gente pega um texto e começa a ler. Logo aparece uma parte que precisamos voltar e ler novamente. Depois surgem várias repetições e a gente se pergunta por que está lendo isso de volta, mas está no texto então lemos. E, claro, se temos tempo e o assunto é importante, repetimos isso 2, 3 ou mais vezes.
Toda essa atividade consome tempo. Toda vez que temos que voltar e reler uma parte de um texto estamos dobrando o tempo necessário, e quando passamos pelas repetições do que já entendemos estamos desperdiçando tempo. Quando se soma todo o tempo ‘extra’ usado vemos que poderíamos ter estudado 2 textos se não fossem esses problemas, e não é possível voltar no tempo para recuperarmos o que perdemos.
Que tal evitarmos isso então? Embora não se possa eliminar completamente as repetições que freqüentemente aparecem em livros e outros materiais didáticos, diminuir isso é acessível, assim como eliminar o vai e volta ao ler. O que aprendi com pesquisa científica é bem fácil de entender e consiste em: 1) reconhecimento; 2) entendimento; e 3) reforço.
1)                           Reconhecimento. A primeira leitura que se faz é a descomplicada e direta. Nesta parte não há preocupação em entender nada, apenas identificar quais são os tópicos tratados em cada capítulo. Se simplesmente lemos o título de cada capítulo – e muitos deles descrevem o que vai ser tratado – isso não significa nada. Não temos idéia de como isso é tratado nem se isso vai ser melhor explorado em outra parte. Mas quando lemos sem compromisso obtemos uma idéia geral do que significa aquilo. À primeira vista pode parecer um desperdício ler sem procurar realmente entender, mas se lembrarmos que a estratégia é ter isso na ponta da língua pra hora da prova essa sem dúvida é a melhor tática. Mais uma vez começar devagar gera mais resultados a longo prazo e não há melhor teste disso do que a prática. Sem contar que ao ler sem ficar indo e voltando no texto, sem a preocupação, é uma experiência mais tranqüila e agradável, propícia para que a gente absorva melhor o conteúdo. É até contraditório que quando a pessoa não se preocupa em entender ela aumenta suas chances mas o melhor teste é a prática: tudo o que eu escrever aqui teste, veja os resultados por si mesmo.
2)                           Entendimento. Nesta fase já sabemos, mais ou menos, o que o autor quer transmitir e a nossa tarefa é identificar as idéias centrais do texto. E a melhor ferramenta para essa segunda leitura é uma caneta marca-texto. Na estrutura da língua portuguesa cada parágrafo tem que ter uma idéia central, mas muitos parágrafos são supérfluos e a idéia que está neles ou é repetida ou não nos ajuda, e esse é um erro muito comum que vi muitas pessoas fazerem ao acharem que tudo o que está ali é importante e acabam marcando tudo. O fato é que a redação muitas vezes se alonga por diversos motivos: a repetição com outras palavras – que inclui numa parte explicando e noutra exemplificando – a torna mais suscetível de ser memorizada (mesmo quando já memorizamos), é mais longo para dar a aparência de ser bom, desce a detalhes inúteis e etc. Como regra geral se marcar mais da metade então o que não devia ser marcado foi.
3)                           Reforço. Agora é hora de se ler apenas o que foi marcado. Este ponto é muito importante e serve para vários objetivos. Um primeiro objetivo é verificar se marcamos corretamente na fase anterior. O que o autor queria lhe transmitir está no que foi marcado? Em segundo lugar podemos identificar o que é de fácil entendimento e o que não é. Geralmente faço uma segunda marcação nos pontos que podem gerar confusão ou são mais complicados. Algumas pessoas usam uma cor diferente, outras sublinham, eu coloco um sinal de + ao lado. E ao fazermos isso temos um material perfeito para uma revisão de véspera, já que é muito mais curto e rápido que o original. O terceiro objetivo é justamente esclarecer qualquer ponto que não tenha ficado claro. De vez em quando precisamos escrever nas bordas ou fazer referência a outra parte do texto, ou até mesmo procurar outro material que explore melhor aquela idéia. Se o conteúdo pode sofrer atualizações podemos inclusive cortar parágrafos que não se aplicam mais – volta e meia nos meus livros tem um parágrafo riscado e ao lado ∄ (não existe) – ou adicionar algo.
Enfim, pode parecer que demora mais mas a prática me mostrou que acabo usando menos tempo a longo prazo e compreendo melhor. Sem contar que se precisar do mesmo material novamente isso fica extremamente rápido. De forma concisa: 1º “passar os olhos”, 2º “onde está o que eu preciso”, 3º “extrair pra você o que é importante”. Mais uma vez, não acredite no que está aqui mas verifique por si mesmo. Tenho certeza que vai gostar dos resultados.
Antes de mais nada quero lhe desejar boa sorte e muito sucesso. Nos próximos blogs vou examinar dicas, adicionar ao que já foi dito e contar mais sobre as pessoas de maior sucesso com quem tive contato.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Segundo Passo


Descobrir o quê estudar em qualquer área.


Obs.: se ainda não leu, leia o 1º texto da série aqui.

Já passou pela situação de estudar e estudar, com todo empenho, e numa prova cair uma questão que você nunca viu na vida? Ou então ter certeza que a resposta era uma só pra percerber que, quando saíram os resultados, não era aquilo?
O objetivo agora é ter certeza que o cair na prova você sabe, e sabe a resposta correta. É uma situação completamente diferente ir fazer o teste sabendo que está armado com o conhecimento certo para enfrentar tudo o que vier pela frente. E a primeira vez que dei um passo nessa direção foi totalmente por acaso.
Tinha acabado de ouvir a palestra de uma jovem de 26 anos que passou no concurso pra Juíza Federal apenas 4 meses antes, e havia tomado posse havia 2 meses. Ela estava exatamente na posição que eu queria estar, era o meu sonho bem ali na minha frente. Claro que tive que ir falar com ela. E entre perguntas como “o que está achando?”, “como é o trabalho?” e “que lugar você tirou?”, eu fiz a pergunta mágica: “Quais livros você sugere pra eu estudar pra esse concurso?”
Eu ainda estava na faculdade e a resposta dela virou furacão entre todos os meus colegas que queriam a magistratura. Instantaneamente todos correram pra pegar caneta e papel e começaram a anotar tudo o que a Juíza falou. Uma colega minha, muito querida por sinal, que foi a primeira a pegar papel e caneta hoje está na AGU (Advocacia Geral da União).
Claro que não parei por aí. Depois disso comecei a fazer a mesma pergunta para todos os profissionais que tinham relação com o meu sonho. O mais interessante é que, alguns eram tão bons nos assuntos que perguntei que imediatamente me perguntavam “Você quer para estudar pras provas [da faculdade], exercer advocacia, concursos, ou fazer sentenças?” Eu fiquei abismado com isso. E ainda mais quando isso começou a se repetir com várias pessoas diferentes. Como eles podiam saber tanto que sabiam exatamente qual livro pra cada situação? Eu sabia que havia descoberto uma mina de ouro.
Ex. 5.
Então mãos à obra. Identifique quem está na situação que você quer chegar, seja funcionário de banco, órgão público ou quem passou no vestibular que você quer. Outras pessoas a identificar é quem costuma fazer as provas de concursos e pessoas extremamente cultas nas áreas que você quer aprender. E vá falar com elas! Existem vários meios: ver as convocações de aprovados e ir naquela data e hora pra conversar com os aprovados, chegar em um órgão público e perguntar quem passou recentemente, ou mesmo no RH desses lugares e mandando mensagens via Orkut/twitter/etc. Seja humilde e se puder fazer algo por eles, melhor ainda.
Feitos esses exercícios você pode desfrutar de maior motivação, menos esforço e melhor compreensão exatamente da matéria que você precisa. Só falta uma coisa, reduzir o tempo que se passa estudando. Claro que ainda é preciso bastante tempo estudando, pelo menos até podermos fazer “download” de conhecimento como no filme ‘Matrix’, mas isso não significa que não podemos cortar várias horas de estudos com as técnicas certas. No próximo blog vou apresentar as melhores técnicas que aprendi para reduzir o tempo que passo estudando e não só mantendo, mas muitas vezes aumentando ainda mais a compreensão.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Primeiro Passo (cont.)


Como se preparar para o estudo de forma a estudar menos e ter melhor compreensão, Parte 2.


Obs.: se ainda não leu, leia o 1º texto da série aqui, ou o 2º aqui.

   Uma coisa que me chama atenção quando começo a fazer academia é o fato do orientador que está ali sempre dizer que se deve começar devagar. Sei que nós, seres humanos, queremos as coisas pra agora, mas não é assim que funciona. O interessante é quando comecei a levar isso pro campo dos estudos.
   Eu notei que, todas as vezes que começava a estudar simplesmente por começar econtinuava nunca foi muito da primeira vez. De vez em quando nem era com o estudo propriamente dito, mas olhando notícias sobre o tema ou discutindo isso com os amigos. Talvez você já tenha passado por essa situação: tinha que fazer uma peça, um despacho ou uma prova na faculdade por exemplo e começou a conversar sobre isso com alguém. Logo surgiu algo que ou você ou a outra pessoa teve que procurar num livro ou noutro material e então vocês dois estavam lendo sobre o assunto… ou seja, estudando!
   Pode ter sido na mesma hora, pode ter sido alguns dias depois, mas o fato é que isso acontece. Existem mecanismos que nos levam naturalmente a estudar. Quer seja uma dúvida, uma curiosidade ou uma necessidade, o importante é estarmos atentos a o que nos faz estudar de forma natural, sem esforço. Digo sem esforço por que na maioria das vezes a conversa foi legal, fluía, e quem sabe até tinha humor.
   Quer dizer então que sempre que queremos estudar devemos conversar sobre isso? De certa forma, sim! Se esta é a sua estratégia para se estimular, e a maioria das pessoas se interessa mais pelo que pode conversar com as pessoas, então a use. Mas mais do que isso, se envolva com o assunto. Procure o que você considera certo ou errado, ou interessante, ou que gere dúvida ou polêmica. Imagine como as pessoas podem usar o que você está lendo.
   Alguns assuntos são menos propensos a conversas, claro, mas mesmo assim ainda se pode conversar. Lembro que após minha primeira faculdade fiquei muitos anos sem ver nada de matemática e então resolvi fazer outro vestibular. No primeiro dia desci à sala de estudos do cursinho e tentei resolver um problema simples, mas havia esquecido como fazer um mínimo múltiplo comum. Perguntei pra um estudante como se fazia aquilo e ele me olhou como se eu fosse um E.T. Preciso dizer que (re)aprendi rapidinho?
   Da mesma maneira querer ficar por horas estudando quando já fazem meses ou anos que não estuda não funciona. Comece devagar, apenas 15 minutos. Sei que, na academia, posso levantar muito mais peso que o instrutor me passa, mas se tentar fazer 3 séries de 10 repetições com o peso máximo que consigo meus braços vão ficar doloridos por alguns dias. E se continuar indo apenas pro máximo uma hora vou desistir disso, afinal quem gosta de ficar com dor o tempo inteiro? Então se trate bem, comece uns dias antes só pra “aquecimento”. Pra se acostumar com outro ritmo que é o de estudos.
Ex. 2.
   Pense em alguma parte do que você quer estudar que pode gerar uma conversa interessante ou que você tenha dúvida e converse sobre isso por pelo menos 10 minutos, seja com 1 pessoa ou divido entre várias.
Ex. 3.
   Se ainda não começou, separe 15 minutos todos os dias por 1 semana para estudar. Não se preocupe em realmente aprender nada durante esse tempo, use apenas pra se acostumar ao ritmo.
   Se já começou (parabéns!) veja se pode aumentar o tempo de estudo em pelo menos alguns minutos. Pode, inclusive, ser com pesquisa na internet – após o estudo normal!
Ex. 4.
   Se envolva! Use a imaginação, pense em como se pode usar isso na vida real, se alguma pessoa que você admira usa isso ou como você mesmo poderia usar em alguma situação. Tente se imaginar achando o assunto que está estudando a coisa mais interessante do mundo. Finja que é um ator ou atriz e seu personagem ama isso.
   Fazendo esses exercícios você poderá notar que ficou mais fácil estudar e sua capacidade de reter o que estudou já aumentou. E mesmo as pessoas que têm um bom começo muitas vezes acabam dedicando seu tempo em leituras que não ajudam muito. São vários livros e fontes diferentes, de autores diferentes. Confira no próximo blog como ter certeza que o que você está estudando é o melhor e vai trazer mais resultados.

domingo, 20 de junho de 2010

Primeiro Passo

Como se preparar para o estudo de forma a estudar menos e ter melhor compreensão, Parte 1.
Obs.: se ainda não leu, leia o primeiro texto desta série aqui.

Muita gente não chega nem a abrir um livro ou apostila. Muitos mais começam, mas não continuam a estudar. Se você já sentiu isso então sabe que é um problema real. E mesmo que tenha a motivação para estudar tudo o que precisa, tornar essa tarefa algo mais agradável, que simplesmente flui livremente, certamente é algo interessante.

Uma das minhas primeiras professoras na faculdade, no 1º ano, fez uma pergunta muito curiosa no primeiro dia de aula: Por que vocês estão aqui? E começou a passar aluno por aluno ouvindo as respostas. Eu sabia por que estava lá e por isso minha resposta veio rapidamente e de forma direta, muito diferente da maioria da classe, que demoraram alguns segundos antes de começar a responder com o que soava como tentativas. Fiquei intrigado com aquela pergunta.

Depois da aula fui falar com ela. Falei que nunca tinha ouvido um professor perguntar aquilo. Ela me respondeu que já lecionava ali a mais de 20 anos e que de todos os alunos que conheceu, a maioria que sabia o que queria e por que estava ali, ela, anos depois, começava a ouvir notícias ou ver eventos e congressos com aquelas pessoas. Os outros raramente iam longe.

Alguns anos depois ouvi um ditado que não conhecia, “Aquele que tem um porquê suficientemente forte encontra um meio”. Lembrei da minha professora.

Ex. 1.

Assim vamos ao primeiro exercício. Pegue uma folha de papel em branco e uma caneta. Escreva no topo “Por que vou passar nesse concurso?” E simplesmente escreva o que vier à cabeça por 5 minutos sem parar. Não importa se a razão parece estranha, simplesmente escreva sem parar por 5 minutos. Depois você pode passar a limpo em outra folha, adicionar ou editar, mas por hora apenas exercite os músculos mentais de achar razões.

A partir de agora, sempre que for começar qualquer atividade relacionada a passar no concurso passe os olhos pela lista que fez. Isso vai aumentar sua motivação e, quanto mais fizer, mais vai notar que estudar está ficando mais e mais fácil.

É uma pena que muitas pessoas que tem a motivação ainda assim param logo no início. E é por isso que no próximo blog vamos desvendar como organizar os estudos para que você encontre uma forma que se adapte a você. Até a próxima!

Clique aqui para ver o próximo blog desta série.

P.S.: Se você preferir estou colocando um espelho deste blog no wordpress: http://bestlinky.wordpress.com/

sábado, 19 de junho de 2010

3 Passos para Passar em um Concurso

Você se inscreveu num concurso procurando uma oportunidade no mercado de trabalho ou numa universidade. E agora?
  • Você sente um pouco de ansiedade em passar
  • Passar é importante pra você
  • Você precisa de resultados
Se algum desses pontos se aplica então continue lendo porque o que vou discutir aqui é o que aprendi com: uma jovem que passou no concurso pra Juíza Federal apenas alguns meses antes de eu conversar com ela, um professor de pesquisa científica que se especializou na França, um Juíz Federal com quem tive o prazer de trabalhar e que tirou o primeiro lugar no Paraná no concurso que fez, e muitas outras pessoas além da minha própria experiência.

Talvez você tenha notado uma certa ênfase no judiciário federal, e isso não é à toa. É um dos concursos mais concorridos, se não O Mais, em termos de excelência dos candidatos. São Mestres e Doutores, autores de livros que influenciam os rumos do país, que disputam entre si um cargo. Há uma segunda ênfase que procurei colocar ali, e uma muito importante: resultados. As pessoas que mais me influenciaram foram aquelas que efetivamente passaram, tiveram sucesso. Quero discutir aqui o que funciona. Não o que pode funcionar, não o que funcionou uma vez, mas o que funciona de novo e de novo e de novo.

Nos próximos dias vou destrinchar o sistema de 3 passos pra passar em qualquer concurso. Os 3 passos são:
  1. Como se preparar para o estudo de forma a estudar menos e ter melhor compreensão.
  2. Descobrir o quê estudar em qualquer área.
  3. Como ler um conteúdo a fim de tirar o máximo dele.
Deixe-me explicar como esse sistema vai ajudar. Com os 3 passos você vai
economizar dinheiro em livros e materiais (podendo até mesmo economizar em
cursos!) , vai gastar menos tempo estudando, vai aprender mais, vai se sentir
melhor estudando e vai ter melhores resultados.

Meu objetivo é ajudar você a conquistar os seus sonhos. Por isso vou contar tudo o que aprendi com esses gigantes - e até falar um pouco sobre um ou outro, pois são realmente grandes pessoas. Então fique ligado pra juntos embarcarmos nessa.